sábado, 15 de março de 2008


Eu me ligo um pouco em datas e tenho uma boa memória. Hoje seria aniversário da minha avó Dalila. Saudades dela. Do arroz de leite que a gente comia meio quente e sem vontade só para não fazer desfeita. Ainda por cima vinha cheio de canela, coisa que criança odeia. Saudades da generosidade dela, da mania incurável de querer sempre ajudar os outros, mesmo quando não mereciam. Saudade dos milhares de defeitos que ela tinha e dos milhões de erros que cometia. Gente de verdade. Gente que, quando morre, deixa todos nós mais pobres. Salve, salve, véia Dalila, a pior mãe do mundo para quem não soube amadurecer. E a melhor para todos que precisaram.

2 comentários:

Marcos Renner disse...

Parabéns para a vó Dalila, então!

Marce disse...

Uma salva de palmas e uma pimponeta!

\o/